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Acarás Bandeira, Alimentação, Hábitos e Reprodução
Acarás Bandeira, Alimentação, Hábitos e Reprodução:
Este belíssimo peixe, também chamado de peixe-anjo, é um dos mais pacífico dentre os ciclídeos. Apresenta o corpo alto e achatado. A variedade encontrada na natureza apresenta de três a quatro grandes faixas verticais pretas sobre o corpo prateado. As nadadeiras dorsal e anal são longas com filamentos.
É encontrado no norte da América do Sul conforme mostra a figura abaixo.
Aceita bem quase todo tipo de alimentação. Porém é importante oferecer-lhes alimentos ricos em proteínas tais como artemias, tubifex ou dáfnias. O ideal é que sejam dados vivos, mas atualmente é comum encontrar, nas lojas especializadas, estes alimentos desidratados, sendo bem aceitos.
Pode-se oferecer, também, filhotes de peixes de outras espécies vivos, que também serão devorados com muito gosto, embora, eu seja contra esta prática, devido a boa oferta de alimentos vivos, desidratados e congelados em lojas de centros de maior desenvolvimento aquarístico, mas em regiões do país que não possuem tantas ofertas assim esta é uma alternativa a se considerar.
É preciso que o aquário tenha uma altura compatível com o seu tamanho (um acará-bandeira adulto chega a atingir 15 cm!).
Gosta de um ambiente bem plantado e bem iluminado.
Não é conveniente deixá-lo na presença de peixes muito agitados como o Brachydanio reiro(paulistinha), pois estes, com seu constante ir e vir, acabam deixando-os irritados. Também não é conveniente deixá-los na presença de peixes muito pequenos, pois estes poderão ser devorados, o que é raro mas não impossível. Adaptam-se bem na companhia de Corydoras e de Otocinclus Mariae(limpa-vidros), além de tetras variados, guppies e acarás disco dentre outros.
Quando se juntam em casais defendem seu território, que atinge até uns 100 cm2 . Assim sendo o ideal é ter um aquário grande para que eles possam ter espaço suficiente para viverem.
O acará-bandeira praticamente não possui dimorfismo sexual, ou seja, é muito difícil distinguir o macho da fêmea. Quando adultos, o macho apresenta um crânio com uma pequena deformação, conforme é visto na figura abaixo e a fêmea possui a “testa” reta, sem a deformação do macho.
A melhor maneira de separar um casal é colocando vários acarás-bandeiras jovens juntos e deixar que a natureza cuide para que eles se separem.
O acará bandeira precisa de bastante espaço para se reproduzir. Portanto será necessário um aquário de no mínimo 60X30X25 se você estiver pretendendo oferecer um bom local para reprodução.
São ovíparos. Seus ovos são fecundados e se desenvolvem fora do útero materno. A fêmea deposita seus ovos (que pode chegar até a 500 ovos!) preferencialmente na vertical, escolhendo plantas de folhas grandes. Frequentemente depositam seus ovos em outros locais, como pedras, nos tubos do filtro ou até mesmo nos vidros do aquário, já existindo no comércio aquarístico um cone imitando o barro, vendido inicialmente para acarás disco, mas que serve perfeitamente para a desova de bandeiras. O local é cuidadosamente selecionado e preparado tanto pelo macho quanto pela fêmea.
O acasalamento, se é que podemos dizer assim, é um ritual muito interessante. A fêmea percorre, encostando seu corpo, no local escolhido para desova, depositando uma fileira de ovos. Em seguida o macho percorre o mesmo trajeto fertilizando-os.
Os filhotes nascem ao fim de 3 ou 4 dias. Os pais cuidam dos filhotes muito zelosamente, protegendo-os contra qualquer possível agressor. Muitas vezes os carregam na boca para protegê-los. Convém separá-los dos pais ao final de aproximadamente 4 a 8 semanas após seu nascimento. Aceitam nesta fase preferencialmente náuplios de artêmia.
A reprodução comercial do acará-bandeira é feita através de inseminação artificial, permitindo a manipulação e obtenção de inúmeras variedades, além de uma quantidade bastante elevada.
Segue abaixo uma pequena tabela resumitiva das características deste peixe:
Espécie – Pterophyllum scalare
Reprodução – Ovíparo
Família – Ciclídeos
Água – Ligeiramente mineralizada e pouco ácida
Origem – América do Sul
Alimentação – Onívoro
Temperatura – 23 – 28 ºC